Vida Fatal - Capítulo 31

Cena 1/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Noite
OTÁVIO: Acorda, seu Ramiro. Alguém chama uma ambulância.
LARISSA: O Renato acabou de chamar.
(Guilherme se aproxima)
GUILHERME: Tio. Fala comigo, tio. O que você fez com ele?
OTÁVIO: Eu não fiz nada. Todos viram que eu não fiz nada.
(Renato se aproxima, acompanhado de enfermeiros)
RENATO: A ambulância chegou.

Cena 2/ Mansão Albuquerque/ Jardim/ Interno/ Noite
CÉSAR: Vamos. Ninguém pode nos ver.
(Lucélia pula o muro. César pula logo depois. Atrás de uma árvore está Sérgio, que viu a cena)

Cena 3/ Mansão Albuquerque/ Portão/ Externo/ Noite
(Otávio, Larissa, Alberto, Guilherme, Juliana e Celina acompanham Ramiro, que está em uma maca, sendo colocado dentro da ambulância)
ENFERMEIRO: Alguém deseja acompanhar o paciente até ir ao hospital?
GUILHERME e OTÁVIO: Eu.
ENFERMEIRO: Só um.
GUILHERME: Eu vou, porque eu sou sobrinho.
OTÁVIO: Pode ir, Guilherme. Eu vou logo atrás no meu carro.
LARISSA: Eu posso ir com você?
OTÁVIO: O seu namorado não se incomoda?
ALBERTO: Claro que não. Pode ir, amor.
LARISSA: Eu te amo.
(Otávio e Larissa entram no carro)

Cena 4/ Rua/ Esquina/ Noite
(Adriana vê Larissa entrar no carro de Otávio. Uma mão toca em seu ombro)
ADRIANA: Que susto. É você.
LUCIANA: Desculpa. Não foi minha intenção te assustar.
ADRIANA: Que vadia. Aproveitou a minha ausência nessa merda de festa para dar em cima do Otávio. Vaca.
LUCIANA: Juro a você que eu não entendi o porquê da sua mentira para o Otávio.
ADRIANA: Não entenda. Eu apenas te agradeço pelo fato de você ter liberado a entrada quando eu precisei.
LUCIANA: É melhor a gente ir, antes que alguém te veja por aqui.

Cena 5/ Mansão Albuquerque/ Portão/ Externo/ Noite
(Paula e Renato estão encostados no muro, quando vêem Pedrosa e Thais entrarem no carro de Pedrosa)
PAULA: Ela nem veio falar comigo.
RENATO: E você queria falar com ela?
PAULA: Sei lá. É minha irmã, não é?

Cena 6/ Carro/ Interno/ Noite
THAIS: Totalmente estranho e hilário o desmaio daquele velho.
PEDROSA: Tomara que ele morra.
THAIS: Você tem alguma coisa a ver com isso?
PEDROSA: Claro que não. Por quê? Eu deveria ter?
THAIS: Você me disse que pretendia matá-lo.
PEDROSA: Dizer não significa fazer.

Cena 7/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Noite

Cena 8/ Hospital/ Corredor/ Noite
(Larissa e Guilherme estão passando pelo corredor, em direções opostas. Guilherme pega no braço de Larissa)
GUILHERME: Estou gostando de ver. Fazendo de tudo para reatar com o Otávio, não é?
LARISSA: Larga meu braço.
(Guilherme larga o braço de Larissa)
GUILHERME: Não se esqueça. Reate com ele, ou então, eu conto ao Otávio que o Serginho não é filho dele.
LARISSA: Se eu reatar com o Otávio, não será por causa de você ou das tuas ameaças. Será pelo simples fato de que eu ainda o amo.
(Larissa anda e se aproxima de Otávio. Guilherme entra no banheiro)
LARISSA: Você está bem?
OTÁVIO: Estou preparado para o pior. O que o Guilherme queria com você? Ah não, me desculpe. Você não me deve mais satisfações.
LARISSA: Não devo, mas falo. O Guilherme estava falando besteiras como sempre. Ignorar é a melhor solução.
(O médico se aproxima)
MÉDICO: Vocês estão acompanhando o paciente Ramiro Albuquerque?
OTÁVIO: Sim. Como ele está, doutor?
MÉDICO: Infelizmente, ele não resistiu. O ataque cardíaco foi fulminante.
LARISSA: Ataque cardíaco? Foi disso que o seu Ramiro faleceu?
MÉDICO: Sim. Também, a dose que encontramos de veneno no organismo dele causava infarto em qualquer um.
OTAVIO: Veneno?
MÉDICO: Sim. Encontramos um neocicuta no organismo de Ramiro em uma concentração bastante alta. O neocicuta tem um efeito bastante rápido.
LARISSA: Espera aí, então o seu Ramiro foi envenenado.
OTÁVIO: E se o efeito desse veneno é rápido mesmo, ele ingeriu veneno na festa. Mas ele não tinha motivos para suicidar.
LARISSA: Ou isso ou então, o seu Ramiro foi assassinado.
OTÁVIO: Assassinado?
(Congela em Otávio)