segunda-feira, 11 de março de 2013

Vida Fatal - Capítulo 26


Cena 1/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Noite
LARISSA: Prostituta? Mas como você sabe disso?
ALBERTO: Eu freqüentava o bordel que ela trabalhava, eu costumava me relacionar com uma das amigas dela, a Karinne. Ela dançava pole dance para um monte de marmanjos  e depois de se apresentar, ia transar com dois ou três caras ao mesmo tempo. Todo mundo a conhecia como Norma.
LARISSA: Quem diria, hein? A Adriana era prostituta, dançava pole dance, fazia orgia com um monte de homens e ainda era conhecida como Norma? Nossa, me deu uma vontade de desmascarar aquela vagabunda. Eu tenho certeza que o Otávio não sabe nada disso.
ALBERTO: Cuidado, Larissa.
LARISSA: Eu vou revirar a fundo o passado daquela vadia e depois, vou atacá-la. Vai ser uma forma de se vingar por ela ter destruído meu casamento.

Cena 2/ Apartamento de Guilherme/ Quarto de Juliana/ Interno/ Noite
(Juliana entra)
JULIANA: Graças a Deus que aquela Fátima não está aqui.
(Juliana liga o computador e acessa seu email.)
JULIANA: Uma mensagem da Roberta?
(Juliana abre a mensagem)
JULIANA: Mas o que é isso? Que fotos são essas? A Roberta e o Sérgio, juntos e aos beijos? Não pode ser verdade, não pode ser.
(Os olhos de Juliana ficam marejados)
JULIANA: Não pode ser.

Cena 3/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Dia

Cena 4/ Mansão Albuquerque/ Quartinho de César/ Interno/ Dia
CÉSAR: E aí? Está conseguindo convencer o velho a dar cabo da Celina?
LUCÉLIA: Não. Eu critico a comida dela, o mau serviço dela, mas não adianta. O Ramiro defende aquela múmia escaravelhizada em tudo. 
CÉSAR: Sempre foi assim. O Ramiro sempre defendeu a Celina. Deve ter algum segredo entre eles que faz o Ramiro defendê-la com tanto afinco.
LUCÉLIA: Mas eu vou acabar com essa superproteção. Eu já tenho uma idéia para tirar a múmia de lá.
CÉSAR: O que você vai fazer?
LUCÉLIA: É o seguinte. Eu vou... (a conversa segue fora de áudio)
(Do lado de fora, está Celina, ouvindo tudo)

Cena 5/ Faculdade/ Campus/ Interno/ Dia
SÉRGIO: Até que enfim você chegou, meu amor.
JULIANA: Não chega perto de mim.
SÉRGIO: O que foi?
JULIANA: Você poderia me explicar que fotos são essas?
SÉRGIO: Eu não sei. Essas fotos são falsas. Eu nunca beijei a Roberta. Quer dizer, só aquela vez que ela me beijou e você viu.
JULIANA: Chega de desculpinhas esfarrapadas. Você estava me enganando, Sérgio. Você estava de caso com a Roberta, não está?
SÉRGIO: Essas fotos são falsas, Ju.
JULIANA: Eu não sou otária. A Roberta tinha que se muito inteligente para forjar fotos nessa qualidade tão maravilhosa, você não acha?
SÉRGIO: Ju.
JULIANA: Chega. Acabou, Sérgio. Não tem mais namoro, mais romance, acabou tudo. Agora você pode ficar com a Roberta, pode assumir o namoro de vocês. Eu não vou me importar mais.
(Juliana sai, aos prantos)

Cena 6/ Apartamento de Pedrosa/ Sala/ Interno/ Dia
THAIS: Sou uma gênia, não sou?
PEDROSA: Só não entendi uma coisa. Porque você quer ficar com o Renato?
THAIS: Por que ele é bonito, bom partido, ele é namorado da minha irmã.
PEDROSA: Entendi. Você quer tudo o que é da sua irmã.
THAIS: Não mesmo. Eu só quero o Renato. Mas não se preocupa, não. Eu vou ficar com você.
PEDROSA: A função de amante é mais gostoso. Ainda mais, amante rico.
THAIS: Rico?
PEDROSA: Estou pensando em fazer um esquema para tirar um bom dinheiro da mineradora.
THAIS: Ou seja, roubar.
PEDROSA: Não, minha linda. A palavra certa é enricar.
THAIS: E o que você pretende?
PEDROSA: Abrir o cofre da mineradora e pegar o dinheiro que tem lá. Como você disse, roubar.

Cena 7/ Restaurante/ Interno/ Dia
RENATO: Por que você me trouxe aqui? Não vai me dizer que veio me pedir em casamento?
PAULA: Não, meu amor. Pelo contrário. Eu não estou me sentindo segura com a nossa relação.
RENATO: Como é?
PAULA: A presença da Thais na nossa vida, misturada com aquela confusão de ontem, me fez ficar insegura com o nosso relacionamento. Eu queria um tempo para entender melhor a Thais e as intenções que ela quer.
RENATO: Vamos enfrentar isso junto? Para que ter medo da Thais?
PAULA: Entende minha situação, Renato. Isso não é um fim e um término definitivo. É só um tempo.
RENATO: Você tem certeza que sabe o que está fazendo?
PAULA: Tenho. Confia em mim.

Cena 8/ Mansão Albuquerque/ Sala/Interno/ Noite
(Ramiro chega)
RAMIRO: Boa noite, meu amor.
LUCÉLIA: Boa noite. Já preparei seu banho na banheira.
RAMIRO: Vou aproveitá-lo bastante.
(Ramiro beija Lucélia e sobe as escadas. Celina entra)
LUCÉLIA: Vai subir as escadas, Celina? Não me vá dizer que pretende ver meu marido nu, banhando na banheira?
CELINA: Primeiro, o Ramiro não é seu marido. Segundo, eu não sou igual a você.
LUCÉLIA: O que você quer dizer com isso?
CELINA: Você sabe muito bem.
(Lucélia pega no braço de Celina)
LUCÉLIA: Eu já disse para você não se meter na minha vida. Fica na sua, velha.
CELINA: Cala a sua boca e me larga
LUCÉLIA: Não me dê ordens.
CELINA: Cala a boca.
(Ramiro desce as escadas. Celina se solta de Lucélia e dá um tapa na cara de Lucélia)
RAMIRO: O que foi isso?
LUCÉLIA: Essa mulher me bateu.
RAMIRO: Por que você fez isso, Celina?
LUCÉLIA: Diz para ele, Celina.
CELINA: Digo mesmo. A Lucélia anda me desrespeitando e desrespeitando o senhor, seu Ramiro.
RAMIRO: Como assim “me desrespeitando”?
LUCÉLIA: É mentira dessa mulher. Ela está querendo inventar história. Tira ela daqui, Ramiro, por favor. Hoje, ela me deu um tapa. Amanhã, ela vai apontar a faca para mim. Ela não gosta de mim. Ou eu ou ela, Ramiro.
RAMIRO: Celina, você está incomodando demais a Lucélia. É melhor você dar um tempo nessa casa.
CELINA: Tudo bem, seu Ramiro. Com licença.
(Lucélia ri para Celina, que vira as costas para ela)
LUCÉLIA: Obrigada por entender minha situação, meu amor.
RAMIRO: A gente conversa depois do meu banho.
(Ramiro sobe as escadas. Lucélia sai)

Cena 9/ Condomínio Jatobá/ Recepção/ Interno/ Noite
CARLA: Oi, seu Geraldo. Interfona para o apartamento do Bruno.
RECEPCIONISTA: Claro.
(A porta do elevador abre. Carla vira-se e olha para quem está dentro do elevador: Jéssica e Bruno aos beijos. O casal olha para ela, que sai correndo)

Cena 10/ Mansão Albuquerque/ Quartinho de César/ Interno/ Noite
LUCÉLIA: Deu tudo certo. O Ramiro demitiu aquela múmia.
CÉSAR: É isso aí, minha gostosa. Merece uns beijos.
(César e Lucélia caem na cama, aos beijos. A porta do quartinho se abre e Ramiro entra no local)
RAMIRO: Peguei você, sua vadia.
LUCÉLIA: Ramiro?
(Congela em Ramiro)

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